TESTEMUNHO DE DETERMINAÇÃO, AMOR À VIDA, DEDICAÇÃO
Durante a 2ª Guerra Mundial (1 de setembro de 1939 – 2 de setembro de 1945), a alemã Irena Sendler conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações. Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazistas relativamente aos judeus.
Irena retirava do campo de concentração crianças escondendo-as no fundo da sua caixa de ferramentas e colocava em sacos de serrapilheira, na parte
de trás da sua caminhonete, as crianças maiores.
Enquanto pôde manter este
trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.
Por fim, os nazistas apanharam-na. Souberam dessas atividades e, em 20 de Outubro de 1943, Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak, onde foi brutalmente torturada.
Num colchão de palha, encontrou uma pequena estampa de Jesus com a inscrição:
“Jesus, em Vós confio”, e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao
Papa São João Paulo II.
Ela, a única que sabia os nomes e
moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou
trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés
e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Já recuperada
foi, no entanto, condenada à morte.
Enquanto esperava pela execução,
um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao
sair, ele gritou a ela, em polaco: "Corra!"
Esperando ser baleada pelas
costas, Irena, contudo, correu por uma porta lateral e fugiu, escondendo-se nos
becos cobertos de neve, até ter certeza de que não fora seguida. No dia
seguinte, já abrigada entre amigos, Irena encontrou o seu nome na lista de
polacos executados que os alemães publicavam nos jornais.
Os membros da organização Żegota
("Resgate") tinham conseguido deter a execução de Irena, subornando
os alemães e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.
Irena mantinha um registro com o
nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, guardadas num frasco
de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.
Terminada a guerra, tentou
localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha
sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais,
ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.
Em 2006, foi indicada para
receber o Prêmio Nobel da Paz, mas não foi selecionada. Quem o recebeu foi Al
Gore por sua campanha sobre o Aquecimento Global.
Não permitamos que esta Senhora
seja esquecida!
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Passaram-se mais de 78 anos, da 2ª Guerra Mundial, na
Europa. Esta mensagem é em memória dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de
russos, 10 milhões de cristãos (inclusive 1.900 sacerdotes católicos ), 500 mil
ciganos, centenas de milhares de socialistas, comunistas e democratas e
milhares de deficientes físicos e mentais e que foram assassinados,
massacrados, violados, mortos à fome e humilhados, com os povos do mundo muitas vezes olhando para o outro
lado...
Agora, mais do que nunca, com o
recrudescimento do racismo, da discriminação e os massacres de milhões de civis
em conflitos e guerras sem fim em todos os continentes, é imperativo assegurar
que o Mundo nunca esqueça gente como Irena Sendler, que salvou milhares de
vidas praticamente sozinha.
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"A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância.
Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada
deve ser ajudada com
o coração,
sem importar a sua religião ou nacionalidade."